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Copom calcula efeito inicial do consignado CLT e alerta para estímulo da política fiscal, mostra ata


O Copom (Comitê de Política Monetária) calculou o efeito inicial do consignado privado em suas projeções e alertou para o estímulo significativo da política fiscal sobre a economia nos últimos anos, mostrou ata divulgada pelo Banco Central nesta terça-feira (13).

No documento, o colegiado do BC alertou que uma política fiscal que contribua para a redução do prêmio de risco (rentabilidade adicional cobrada pelos investidores no Brasil) e atue de forma contracíclica, ou seja, que ajude a estabilizar a economia no atual período de expansão, colabora para o trabalho de levar a inflação à meta.

O comitê disse ter incorporado em seu cenário de referência "algum impacto" das alterações do consignado privado sobre o crescimento, sobretudo pela elevação da renda disponível para a população a partir da troca de dívidas (mais caras por mais baratas). Segundo o Copom, isso tem um efeito mais comedido sobre a projeção.

"Ainda há muita incerteza sobre qual será o efeito total do programa, que ainda se encontra em período inicial, então o comitê acompanhará os dados atentamente para refinar os impactos estimados sobre o mercado de crédito e sobre a atividade", afirmou.

O colegiado do BC disse também que essa medida representa "possivelmente" uma alteração estrutural no mercado. "Tais medidas serão devidamente incorporadas para a determinação apropriada da restrição monetária necessária para a convergência da inflação à meta", acrescentou.

Na quarta (7), o Copom elevou, em decisão unânime, a Selic em 0,5 ponto percentual, de 14,25% para 14,75% ao ano -maior nível registrado em quase duas décadas. No último encontro, desacelerou o ritmo de alta após três movimentos de um ponto percentual.

Ao todo, o colegiado do BC já realizou seis aumentos consecutivos da Selic, que acumula elevação de 4,25 pontos percentuais desde o início do ciclo, em setembro de 2024, quando estava em 10,50% ao ano. A taxa básica está agora no mesmo nível observado entre julho e agosto de 2006.

O Copom manteve em aberto seus próximos passos, o que tem levado o mercado financeiro a ver possibilidade de término do ciclo de alta de juros em junho, e repetiu a mensagem do comunicado divulgado após a reunião.

"O cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação", afirmou.


Fonte: noticiasaominuto