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Queda na AWS afeta internet global, desde Mercado Livre até companhias aéreas


A internet mundial enfrentou uma manhã caótica nesta segunda-feira (20) após uma grande queda na Amazon Web Services (AWS), a principal plataforma de computação em nuvem do mundo. O problema afetou centenas de serviços e empresas, incluindo o Mercado Livre, jogos como Fortnite, plataformas como Alexa, Coinbase e até companhias aéreas como a Delta e a United Airlines. A resolução do problema aconteceu apenas durante a noite de segunda, por volta das 20 horas.

 • Atualização 11h45: neste momento, os seguintes serviços estão instáveis: PicPay, Mercado Livre, Trello, Pix, OLX, iFood, Adobe e Netflix, segundo o DownDetector.

 • Atualização 21h00: a Amazon informou que os problemas DNS foram mitigados e as operações já estão normalizaram. “Determinamos que o evento foi resultado de problemas de resolução de DNS para os pontos de extremidade do serviço regional do DynamoDB”, comentou a empresa.

O TecMundo entrou em contato com a Amazon em busca de mais detalhes sobre a instabilidade e informações sobre o retorno das operações. Em seu comunicado, disponível abaixo em detalhes, a companhia disse que tudo deve voltar ao normal nas próximas horas.

O problema relembra outras falhas de larga escala — como a pane do software CrowdStrike em 2024, mostrando a dependência global da infraestrutura da Amazon, que responde por cerca de um terço de todo o mercado de computação em nuvem.

O que é a AWS?

A Amazon Web Services (AWS) é a divisão de serviços em nuvem da Amazon, responsável por fornecer poder de computação, armazenamento de dados, bancos, inteligência artificial e diversas outras soluções digitais. Em resumo, é a infraestrutura que “roda por trás” de boa parte da internet moderna.

O DNS é como se fosse a lista telefônica da internet. É quando digitamos um nome no navegador e acessamos acessando um número de IP. E quando tem uma indisponibilidade de DNS, os aplicativos não conseguem acessar as suas bases”, explica Arthur Igreja, especialista Tecnologia e Inovação.

Empresas de diferentes setores — de redes sociais a fintechs e companhias aéreas — dependem da AWS para manter seus sistemas no ar. Qualquer interrupção nos servidores pode causar uma reação em cadeia, derrubando serviços populares e essenciais no mundo todo.

AWS é o serviço da Amazon que serve como um dos principais “motores” de toda a internet.

Segundo a companhia, a instabilidade afetou cerca de 500 empresas no mundo todo, levando a picos de reclamações em plataformas como o DownDetector. Para o consumidor final, não resta outra opção a não ser esperar os serviços se estabilizarem.

“No Brasil tivemos fintechs como o PicPay, Mercado Livre, Mercado Pago, YouTube. Mas a maior parte dos aplicativos afetados foram do mercado americano. Não foi ataque e nem vazamento de dados. Simplesmente foi uma falha técnica gravíssima que por algumas horas deixou esses aplicativos inoperantes”, argumentou Igreja.

O especialista acrescentou ainda que esse tipo de falha “não poderia ocorrer”, já que a infraestrutura de nuvem tem como um dos principais requisitos a “confiabilidade e disponibilidade”.

Jogos e plataformas de entretenimento afetados

O apagão atingiu em cheio o universo dos games. Plataformas como o Fortnite, Roblox, Clash Royale e Clash of Clans ficaram fora do ar em vários países. Até mesmo a Epic Games Store e os serviços online da Epic Games registraram instabilidade.

Usuários também relataram dificuldades para acessar o Prime Video e até mesmo a assistente virtual Alexa, que deixou de responder a comandos ou executar rotinas programadas.

Redes sociais, e-commerce e aplicativos

Entre os serviços de comunicação e redes sociais afetados estavam o Snapchat, o Signal e o Reddit, que liderou em reclamações no DownDetector. Plataformas de e-commerce e delivery, como o Mercado Livre e até o aplicativo da McDonald’s também apresentaram falhas.

Já no setor financeiro, corretoras e apps de investimento como Coinbase e Robinhood relataram instabilidade, assim como a startup de IA Perplexity e serviços de pagamento como o Venmo.

Serviços corporativos e companhias aéreas

Além das plataformas de consumo, grandes empresas e setores críticos também foram afetados. Aplicativos de videoconferência como o Zoom e o Slack apresentaram falhas, impactando reuniões corporativas em diversos países, enquanto plataformas de trabalho como o Canva ficaram instáveis.

Nos Estados Unidos, companhias aéreas como a Delta Air Lines e a United Airlines enfrentaram problemas de acesso a sistemas de check-in e reservas, dificultando o atendimento a passageiros e atrasando voos em algumas localidades.

Principais serviços afetados pela queda da AWS

• Amazon.com e Prime Video;
• Alexa e dispositivos Ring;
• Reddit;
• Wellhub (antigo Gympass);
• TotalPass;
• Snapchat e Signal;
• Mercado Livre e Mercado Pago;
• Zoom;
• Slack;
• Fortnite, Roblox, Clash Royale e Clash of Clans;
• Epic Games Store e Epic Online Services;
• Coinbase e Robinhood;
• Perplexity AI;
• McDonald’s App;
• Delta Air Lines e United Airlines.

Retorno dos serviços

Os servidores da AWS começaram a retornar à operação normal de maneira gradativa. Ao consultar o site de status da AWS, somente dois serviços na América do Sul continuavam com problemas por volta das 12h30: Amazon Chime (de videoconferência) e Amazon CloudFront (que entrega conteúdos de sites e mais).

Em outras regiões, como a América do Norte, outros serviços continuavam sofrendo algum tipo de impacto.


O que disse a Amazon

Em comunicado oficial, a AWS informou que o problema foi causado por uma falha em um gateway regional na Costa Leste dos Estados Unidos. A empresa afirmou estar trabalhando em “múltiplos caminhos paralelos” para acelerar a recuperação e que “a maioria das solicitações já está sendo processada com sucesso”.

A Amazon também mencionou que continua monitorando uma fila de requisições pendentes e que os serviços “devem retornar ao normal nas próximas horas”. Até o momento, a empresa não confirmou oficialmente a causa raiz da falha.

Procuradas por agências internacionais como a Reuters, AWS e Amazon não responderam aos pedidos de comentário adicionais. O TecMundo também entrou em contato com a empresa no Brasil em busca de respostas e segue aberto para atualizar a matéria com o posicionamento da companhia.

Fonte: tecmundo